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Ten-cel Gilmar; Pascouto, da PMCG; Amaro e Malaquias do CCS |
Da Redação Com Assessoria
A partir de agora, quem passar trote para o telefone 190 do 8ª Batalhão da Policia Militar (BPM/Campos) corre o risco de ser responsabilizado criminalmente, conforme prevê o artigo 266 do Código Penal, que estabelece detenção de um a três anos e multa. Este é o primeiro equipamento a ser instalado no interior do Estado do Rio de Janeiro com tecnologia de ponta. Todas as ligações para o 190 poderão ser acompanhadas em tempo real do gabinete do comando.
A doação do equipamento tecnológico, que identifica as chamadas e grava a conversa por até 90 dias, foi feita por empresários locais, através do Conselho Comunitário de Segurança (CCS). O investimento foi de R$ 8 mil. Segundo o comandante do 8º BPM, tenente-coronel Gilmar Barros Reis, esse equipamento permitirá à Polícia localizar em tempo real de onde é feita a ligação e identificar os autores dos trotes. Ele exemplificou que, somente no último dia 5 foram registradas 1.134 ligações, sendo seis delas do número de telefone final 2766, caracterizando o trote. Com os dados gravados, o policial teve condições de retornar a ligação e avisar ao responsável que o filho estava passando trote e que este ato é crime e poderia resultar em detenção e multa.
O tenente-coronel explicou que esta fase inicial será de conscientização: educar as pessoas a não cometerem este delito. Mas, alertou que no futuro a gravação será enviada ao Ministério Público (MP), que terá o poder de responsabilizar criminalmente a família.
O comandante Gilmar destacou que, em média, o 8º BPM registra cerca de 40% de suas ligações como trotes, atrapalhando o andamento do trabalho da Polícia. “Agora o sistema ajudará a combater este tipo de procedimento, evitando assim o desperdício do dinheiro público e responsabilizando as pessoas por essa ‘brincadeira de mau gosto’”, ressaltou o oficial.
Ideia surgiu durante os Cafés Comunitários do 8º BPM/Campos
O presidente do CCS, Amaro Ribeiro Gomes, destacou que a ideia da doação do equipamento surgiu durante as reuniões mensais do CCS com as associações de moradores, através do Café Comunitário do 8º BPM, onde a maioria das reclamações estava relacionada à dificuldade de se falar com o 190. “Preocupado com essa situação, mobilizamos alguns empresários campistas, que decidiram se unir e comprar o equipamento. Entendemos que a segurança é um dever de todos e que só a sociedade unida com os órgãos competentes poderá reverter este quadro. Se cada uma fizer a sua parte, poderemos ter uma qualidade de vida melhor”, destacou Amaro.
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