Campos teve sete prefeitos nos últimos seis anos.
Claúdio Andrade, cientista político, explica como a troca
constante de prefeitos atrapalha o desenvolvimento da cidade.
Claúdio Andrade, cientista político, explica como a troca
constante de prefeitos atrapalha o desenvolvimento da cidade.
Troca-troca de prefeitos
E o esquecimento se justifica pela média de mais de um prefeito por ano. De 2004 pra cá foram sete. Arnaldo Vianna foi o primeiro a ser afastado. No lugar dele assumiu Geraldo Pudim, na época, vice-prefeito. Arnaldo voltou ao cargo em menos de 24 horas por meio uma liminar concedida pelo TSE.
Em seguida Carlos Alberto Campista foi eleito. Assumiu em 2005, ficou apenas cinco meses no cargo e teve o mandato cassado. Quem assumiu foi Alexandre Mocaiber, o então presidente da câmara. Pouco tempo depois, Mocaiber venceu a eleição suplementar convocada pelo TRE e foi efetivado. Mas Mocaiber também foi afastado.
Em 2008, depois da operação “Telhado de Vidro” quem ficou a frente da prefeitura foi o então vice-prefeito Roberto Henriques que administrou campos por 43 dias. Mocaiber voltou e terminou o mandato.
Em 2009 quem assumiu foi Rosinha Garotinho. Mas o TRE cassou o mandato dela e do vice por irregularidades na última campanha. Foram acusados de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Quem assumiu, na última segunda-feira (05), foi Nelson Nahim. Ele é presidente da câmara de vereadores e assume interinamente a prefeitura.
Consequências para a cidade
Tantas mudanças que deixam os eleitores inseguros. O que reserva o futuro para a política do maior município do interior do estado? Pelas ruas de campos pouca gente arrisca dizer o que vai acontecer. A indefinição ainda é grande sobre a atual situação da cidade. Ninguém sabe se Rosinha Garotinho volta para a prefeitura, se fica o interino ou se novas eleições serão convocadas.
Para Carlos Andrade, advogado e cientista político, o município de Campos vive há mais de cinco anos um clima de instabilidade.
Essa troca de cadeiras constante dá inseguraça. Começa com uma insegurança administrativa que vai desembocar lá no final, na valvula de empregos, na abertura de postos de trabalho. Os danos já são irreparáveis para a sociedade.
Ontem a noite o presidente do TSE negou o recurso dos advogados de Rosinha Garotinho. Eles tentavam reverter a decisão do ministro Marcelo Ribeiro que manteve o julgamento do TRE. Por enquanto, Rosinha Garotinho e o vice continuam afastados esperando o julgamento do mérito no TSE.
Portal: http://in360.globo.com/rj/noticias.php?id=9809
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