Uma carreata em apoio à prefeita afastada do cargo, Rosinha Garotinho percorreu as ruas de Campos na tarde de ontem. Cerca de 100 motoristas topiqueiros organizaram o ato público que terminou em frente a casa de Rosinha, na Lapa, pedindo Justiça e a volta da prefeita, que foi cassada na noite do dia 1º de julho por decisão monocrática do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marcelo Ribeiro.
Rosinha agradeceu as manifestações de apoio e aproveitou para falar sobre a legalização do transporte alternativo em Campos, deixando um alerta para os motoristas e para a prefeitura com relação ao Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) principalmente agora, que foi sancionada a lei que cria o Serviço de Transporte Alternativo Municipal de Passageiros (Setamp). “ O comando do Detro é nas estradas estaduais. Se for possível, entrem contra o órgão no Ministério Público, pois quem manda dentro do município é a prefeitura e não o Governo do Estado”, disse a ex-governadora, emocionada com as mensagens de carinho que recebeu dos topiqueiros, revoltados com decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e do TSE.
Um pequeno trio elétrico serviu de palanque para os representantes do transporte alternativo que acreditam na justiça. O diretor administrativo da CooperGoita, Márcio Fernandes, disse que a categoria não concorda com a forma em que a prefeita afastada foi julgada. “Queremos justiça e Rosinha de volta”. De acordo com a diretora da CamposCooper, Rosana Moreira de Abreu, antes, os motoristas eram tratados como bandidos. “Hoje nós somos tratados com respeito, graças à Rosinha, pois ela disse em acabar com essa injustiça e acabou”, falou.
A diretora de Recursos Humanos (RH) da Cooperativa de Transporte (Cootran), Claudia Andrade, ressaltou que foi a ex-governadora quem se sensibilizou com o transporte alternativo na cidade. “Ela é a melhor representante que o município poderia ter”.
Rosinha relembra motivo do seu afastamento do cargo
Rosinha lembrou aos motoristas ter sido afastada do cargo por causa de uma entrevista dada à Rádio Diário FM antes do período eleitoral, em 2008, e não por desvio de verbas. “Beto da Saúde, em São Francisco de Itabapoana, foi cassado por uso de dinheiro público e está respondendo no cargo. O mesmo aconteceu em Cabo Frio e Rio das Ostras. A lei tem que ser igual para todos”, disse.
A ex-governadora lembrou-se da lista com mais de quatro mil nomes que o Tribunal de Contas da União (TCU) entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá resultar na inelegibilidade destes. “Nesta lista estão os nomes dos ex-prefeitos Sérgio Mendes, Arnaldo Vianna, Sivaldo Abílio, mas não o meu e nem o de Garotinho”.
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