Os moradores querem uma nova ponte, só que de concreto.
Mas ainda não há previsão para o início da obra.
Moradores da zona rural de Campos e São Francisco de Itabapoana estão tendo que dar uma volta de 20 quilômetros para atravessar o Rio Cajueiro. A ponte que começou a ser queimada ontem durante um protesto está destruída. Nem a escola da região escapou dos problemas.
A ponte que ligava as comunidades de Campelo, em Campos, a Cajueiro, em São Francisco do Itabapoana, já não existe mais. Ontem moradores incendiaram a ponte em protesto pela morte de um trabalhador rural em um acidente durante a madrugada. Cléber Martins Barreto perdeu a direção do carro e caiu no Rio Cajueiro. Moradores da localidade disseram que a ponte estava em péssimas condições.
Agora o jeito é dar a volta pela RJ-224, a principal ligação entre os dois municípios. Só que este é um percurso que aumenta a viagem em mais de 20 quilometros. Até uma escola de educação infantil e ensino fundamental, que fica do lado de São Francisco, teve a rotina alterada nesta segunda-feira. Dos 25 alunos, cinco não foram para a aula, por que moram em Campelo, do outro lado do rio. E não puderam atravessar.
Os moradores querem uma nova ponte, só que de concreto. Mas segundo o secretário de Defesa Civil de Campos, ainda não há previsão para o início da obra.
A decisão do que deve ser feito com a ponte deve sair hoje. O comandante da Defesa Civil de Campos, Marcos Soares informou que caso fique definida a construção de uma nova ponte, dessa vez de alvenaria, vai ser necessário abrir licitação. O prazo para o início da licitação é de 30 a 45 dias.
Já a assessoria de imprensa da prefeitura de São Francisco de Itabapoana informou que o Secretário de Obras, Fauazi Cherene, está no local avaliando a situação e estuda a possibilidade da união entre os dois municípios para resolver o problema. O Secretário de Agricultura, Nival Ornelas está no Rio de Janeiro, tentando soluções de emergência junto ao governo do estado. Enquanto isso, quem precisa passar pelo local, vai ter que usar a RJ-224, aumentando em 20 km a viagem.
Lembrando o caso
Uma pessoa morreu neste fim de semana quando um carro caiu de uma ponte de madeira que liga Campos a São Francisco de Itabapoana. Os moradores ficaram revoltados e queimaram a ponte.
Moradores atearam fogo em pneus, galhos de árvores e pedaços de madeira. A ponte ligava as comunidades rurais: Cajueiro, em São Francisco de Itabapoana, e Campelo, em Campos. Moradores disseram que não era seguro passar pelo local. Além da precariedade da ponte, um acidente na madrugada de sábado para domingo deixou os moradores ainda mais revoltados. Um carro caiu da ponte, matando o motorista, um homem de 37 anos.
O produtor rural Cleber Martins Barreto morava em campelo. O carro que ele dirigia ficou totalmente destruído. Parentes e amigos estão indignados. Segundo eles, Cleber não foi a primeira pessoa que morreu ao cair da ponte. Com a ponte em chamas, ninguém pôde atravessar. Os moradores pediram que seja construída uma ponte de concreto.
Como a ponte fica no limite entre Campos e São Francisco da Itabapoana, ela é de responsabilidade das duas prefeituras. Ontem (22) mesmo funcionários da secretaria de obras e da Defesa Civil de Campos estiveram no local para fazer uma avaliação. Nesta segunda (23), as equipes devem voltar para definir as obras de recuperação. Nossa equipe não conseguiu contato com ninguém da prefeitura de São Francisco de Itabapoana.
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