domingo, 24 de abril de 2011

Reforço com a Ronda Escolar

Geral

Folha da Manhã


Valquíria Azevedo


Cento e quatorze escolas da rede municipal e estadual estão sendo beneficiadas com o Projeto Ronda Escolar da Guarda Civil Municipal (GCM). Entre os objetivos do projeto está o de proporcionar a integração entre a escola e a Guarda, coibindo o uso de entorpecente, arma de fogo, inibição do vandalismo, brigas, ameaças e desordens.  Criado em 2009, o Ronda Escolar está em seu terceiro ano e segue somando parceiros no combate a violência.
  
O projeto é preventivo e busca, através da educação, ir além do policiamento ostensivo voltando às ações para o diálogo e a compreensão da realidade social da comunidade. “Esse contato direto com os alunos e professores nas escolas nos permite, numa linha de intervenção voltada para uma guarda cidadã, auxiliar na segurança dentro das unidades e, também, de forma indireta na comunidade, pois nossa presença já inibe alguns tipos de delitos”, observou o coordenador do Ronda Escolar, o guarda municipal Eneci Paulo.
Ao todo 68 escolas da área central da cidade, 27 na Baixada Campista e 19 da região norte do município — que vai de Travessão até Santo Eduardo — já recebem o Ronda Escolar. Para isso são mobilizadas cinco viaturas e duas motos-patrulha. Entre os profissionais, sempre tem em cada viatura três guardas, sendo do sexo feminino, para facilitar e resolver situações que envolvem meninas. O projeto conta com parcerias da Polícia Militar, Conselho Tutelar, Juizado da Infância e Juventude e assistentes sociais da Secretaria Municipal de Educação.

Segundo Eneci Paulo, ao longo dos dois anos de execução do Ronda Escolar, foram apreendidas duas armas de fogo e recuperado um notebook furtado.

— O nosso trabalho é diminuir a probabilidade dos alunos se envolverem negativamente em questões sociais ligadas à violência, trânsito, meio ambiente, saúde, drogas e cidadania — ressaltou.

Entre as unidades escolares beneficiadas estão as Escolas Municipais Lídia Leitão e Branca Pessanha, situadas no Parque Cidade Luz e Eldorado, respectivamente, e na Escola Maria Lúcia, no Turfe Clube. Nelas centenas de alunos já tiveram algum conflito mediado pela ação dos guardas municipais.

— Primeiro fazemos um levantamento de acordo com as necessidades de cada escola para, depois, atuarmos na mediação de conflitos entre alunos, funcionários e corpo docente. A nossa meta é tornar a escola segura e acreditamos que isso pode ser feito através do diálogo — explicou Eneci durante ronda na última quarta, na Escola Maria Lúcia e Colégio 29 de Maio, inseridas no projeto desde o início. 
22/04/2011 - 13h36

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